Convivendo pela segunda vez em um intervalo menor que um ano com uma pessoa de meu círculo que resolve tirar a própria vida eu volto a refletir sobre o que é isso que chamamos vida.
Já falei em um outro post sobre as coisas que damos valor, será que elas realmente tem valor? (dinheiro, posses, etc, etc) e sobre o esperado próximo estágio para a humanidade.
Assim, não posso deixar de ter minha atenção atraída para este trecho que li em um orkut amigo:
"Paro pra pensar as vezes e tento entender tudo o que acontece ao nosso redor. Essas coisas de amor, trabalho, trânsito, alegria, dor etc. Nos deixam felizes e em um piscar de olhos, em segundos, tudo é fantasia, nada é real. São valores superficiais e que infelizmente precisamos de tudo isso para sobreviver. É a busca do equiíbrio constante."
Não sou apenas eu que penso assim, então o que falta para mudarmos?
Caraca, eu sei que esta sorte do orkut é algo tenebroso, mas esta aqui eu não pude deixar quieto:
Sorte de hoje: Nunca deixe que os seus princípios impeçam você de fazer o que é certo
Como assim??? Princípios agora são para te desvirtuar do caminho certo mas você deve ir contra eles para fazer o certo??? WTF???
Demite esse tradutor, na moral...
"You dont want to change the world
Like you say
You're in it for yourself
No one else"
Reflexão: Pare de reclamar do mundo a sua volta e comece a fazer algo para melhorá-lo.
"And since you aint what you say
Then just go away
Cause some dont like"
Titulo e trechos "change the world" - Offspring
Um tipo de pessoa que não entendendo são os solitários-de-mau-com-o-mundo, apesar de várias facetas poderem ser encaixadas nesta definição neste caso específico estou me referindo aquelas que sempre estão tristes, sempre estão se sentido sozinhas, sempre reclamando mas quando tem alguém por perto não dão valor.
É uma atitude que não consigo explicar, começa que ao invés da pessoa buscar o equilíbrio ela busca o contrário, busca o caos para poder ter do que reclamar (pasmem?) e se mesmo quando no caos uma luz surge a pessoa não faz o mínimo esforço para dar algum sentido aquilo, para se sentir bem.
Não sei, se fosse como na música do Dream Theater, título deste post, e a pessoa se sentisse confortável na sua "prisão solitária" eu até entenderia melhor, o que não entendo é a reclamação constante com negação veemente da melhora.
"But I couldn't see, so forgive me
For thinking I was better than you
I need a mirror to see what you can see
We better get mirrors or we'll never know our real identity
And it hurts so much to look right at yourself
Yeah, it hurts the most, please let me confess"
Como será que você agiria se você pudesse ver estampado na cara das outras pessoas o que elas estão pensando de você naquele momento?
Como você reagiria ao ver que as pessoas estão achando você terrivelmente egocêntrico, soberbo, mau-educado até mesmo um tremendo de um otário.
Será que você tentaria mudar seu jeito de ser, tentaria achar alguns erros que para você poderiam parecer inexistentes, mas que para outros se mostravam graves defeitos de personalidade? Ou será que você iria julgar que o problema na verdade é destas pessoas que fazem imagens erradas e iria simplesmente desconsiderá-las?
Você faria bom uso de um espelho para a alma?
"I need a mirror to see what you can see, we better get mirrors or we'll never know our real identity"
Título e trecho tirado da musica "I Know So Little (So Well)" do Shelter
É, realmente tudo não dá. Tentar fazer tudo com tão pouco tempo não dá mesmo, talvez se o nosso ciclo solar tivesse mais umas 6 horas poderia ser, mas com 24 não tem como.
Aí é claro que sobra para algum lado, ou pior, sobra para todos pois na tentativa de se fazer tudo nada sai da forma correta, oh céus, hehehee.
Mas só sei que tudo não dá.
