Então eu pisquei, e quando abri os olhos nove anos haviam se passados.
Mas eu não sentia desta forma, a minha frente tinha os mesmos amigos pelos quais sempre guardei o maior carinho de todos, porém não eram exatamente os mesmos.
Como se eu tivesse saltado nove anos de emoção mas encontrado do outro lado um vazio de forma que eu não tivesse existido por nove anos.
A frente não os amigos, mas os velhos conhecidos.
Certamente não era desta forma que eu deles lembrava, nem como os via antes do fechar de olhos.
Certamente não será desta forma que irei lembrar agora, ao abri-los novamente.
Sempre serão meus amigos. Fiquem bem.
Lembro quando menor de me perder no céu brincando de dar forma as nuvens, era um pratica engraçada que me permitia ao mesmo tempo relaxar e descansar, apesar de na época eu nem ter idéia do sentido destas palavras.
Lembro também que dificilmente duas pessoas viam a mesma forma nas nuvens, cada um tinha suas particularidades nas interpretações.
Eis que durante este viagem me peguei olhando para o céu e perguntando - "A quanto tempo você e as nuvens não brincam?", quando passei a resgatar esta antiga amizade.
Para minha surpresa no começo não conseguia ver mais nada, cheguei a pensar que o tempo "havia me endurecido" mas depois vi "que não havia perdido a ternura" e as formas voltaram a se formar divertidamente.
Vamos brincar? Nas nuvens abaixo é facil achar a "nuvem mamute", mas e na de cima? Depois de algum tempo cheguei a conclusão de ver dois rostos perdidos entre a nuvem, um de frente e outro de perfil. E você, o que vê?
Existem certas idéias que para mim são claras como água mas que mesmo assim eu não vejo elas estarem nem perto de se tornar realidade.
A principal é o atual estado da humanidade, é certo que esta vida que vivemos de trabalhar = dinheiro = relizar não é o motivo pelo qual estamos aqui, mas não conseguimos nos livrar disso, não conseguimos nem ao menos exergar o que pode haver além disto, de tão amarrados que estamos a estas regras impostas.
Eu tenho certeza que não sou o guru libertador desta vida, assim como também tenho certeza que viver apenas desta forma nunca será a plenitude para mim.
Um dia quem sabe eu ouso mais edeixo isso tudo para trás.
"Even flow, thoughts arrives like butterflies"
Registro da participação na V Conferência de Pequenas Centrais Hidrelétricas ocorrida em São Paulo dias 05 e 06 de agosto, pela Quanta.
Apesar da correria uma boa oportunidade para se posicionar dos rumos do mercado.
Quase sempre minhas manhas têm um ponto em comum, é um estado de espírito entre aquele que desligo o despertador e o que assumi meu corpo e executa a rotina do dia-a-dia.
É sempre neste período que fico passeando por milhares de pensamentos que estão em minha cabeça, viajando, refletindo, me perdendo, sobras do estado de espírito que acabou de me deixar, que só sabe sonhar.
Na seqüência deste momento vem a vida cotidiana, onde passamos o dia em busca da conclusão de tarefas, cumprindo objetivos, entregando, tudo definido e completamente concreto.
Quando será que deixamos de viajar e passamos a metrificar? Deixamos de fantasiar para objetivar? Não ficamos mais a sonhar, apenas a realizar.
Triste vida esta em que não paramos para sonhar, em que apenas caminhamos com os pés no chão.
O título desta passagem foi esculpido da musica "A Queda", Lobão.
Maio ... Agosto
Sem desculpas, sem lamurias.
Um novo tempo, apesar dos perigos?
Sem regras, sem cobranças,
afinal, a vida é curta demais, e não há tempo para brigas e desentedimentos meu amigo.
